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Brasil na lanterna da corrida da eletromobilidade

Foto do escritor: Iso SendaczIso Sendacz

Atualizado: 26 de mai. de 2022


Rita Casaro entrevistou, na página do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).

Na última Semana da Mobilidade (outubro de 2021) já havíamos tratado do tema em mobilidade urbana de baixo e carbono e, mais especificamente, em eletromobilidade e transporte viário.

Mas o cenário presente desenhado por Maluf faz nos preocupar com o ar que respiramos!

A matéria destaca que a eletromobilidade é “considerada essencial para reduzir a emissão de poluentes nas cidades e grande aliada da transição energética para fontes limpas, a ampliação do uso dos veículos elétricos no transporte público e individual propicia revolução tecnológica e traz oportunidades relevantes à indústria e à engenharia”.

Mas o representante da ABVE, ao cobrar “ações do Estado que incentivem, especialmente com medidas fiscais e de financiamento à ciência, tecnologia e inovação, a nacionalização da fabricação desses produtos cujo mercado deve crescer fortemente nos próximos anos”, alerta:

A Europa como um todo vendeu 22%. Sem falar em Noruega, Holanda, Suécia, que estão vendendo mais de 80%. A China está com 28% de veículos elétricos. O maior mercado automotivo do mundo fez uma transição em três anos que nenhuma previsão chegou perto de imaginar. A China vendeu mais de 3 milhões de veículos elétricos puros no ano passado.

No país, o quadro é outro, denuncia Maluf. “Ou se faz a transição para a indústria do futuro, ou [no Brasil] vai continuar esse processo; foram dez fábricas que fecharam no Brasil nos últimos sete ou oito anos”, arremata.

Problema e solução

Santiago historicamente sempre foi provido de ônibus fabricados no Brasil, no ano passado teve 1.400 ônibus elétricos entrando em operação, a grande maioria importados da China. Então, não liderar o processo de renovação de frota deixa as fábricas brasileiras em menor competitividade em relação aos vizinhos. Hoje, se se exporta um ônibus elétrico da China, o fabricante recebe 13% dos impostos de volta, além dos incentivos. Já no Brasil, dá-se margem a pleitos que parecem absurdos: importadores que, mesmo com fabricação local de produtos de melhor qualidade, conseguem zerar o imposto de importação e ter acesso a financiamento do banco de desenvolvimento com taxa de juros menor que [a conseguida no] BNDES.

Conforme publicado em Brasil e o mundo.

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