Eleição é uma guerra e, como tal, deve seguir estratégia de guerra.
Defina e priorize os objetivos:
- Objetivo 1 – Prioridade absoluta e inalienável: Vencer as eleições;
- Objetivo 2 – Prioridade Importante: Garantir a governabilidade;
- Objetivo 3 – Prioridade oportunística: Promover a conscientização ideológico-política;
Inverter essa ordem de prioridade é o caminho certo para perder as eleições. A conscientização, apesar de ser o grande objetivo estratégico final, é colocada, nas eleições, como prioridade 3 porque ela deve ser feita no dia a dia, 365 dias por ano, todos os anos. Priorizar a conscientização durante a guerra eleitoral é, também, perder a eleição.
Cinco Táticas de Combate (Existem outras):
- Atraia e divida inimigo desgarrado, conquiste-o para as nossas fileiras ou o neutralize. É provável que ele continue inimigo, mas, temporariamente, irá combater ao seu lado ou ficar neutro. Para atrai-lo, concessões terão que ser feitas, mas, sem grandes prejuízos se você não abrir mão do fundamental.,
- Amplie os seus recursos: Dinheiro, canais de comunicação, humanos. Uma forma eficaz de amplia-los é agregar os recursos dos inimigos conquistados, por exemplo, maior tempo de propaganda na TV.
- Escolha o melhor território de luta: Foco nos seus pontos fortes e nos pontos fracos do adversário;
- Construa muralhas para conter os ataques do adversário contra os seus pontos fracos.
- Não massacre o adversário caído em campo de batalha: Ele reagirá com todas as suas energias, lutará como animal feroz enjaulado, você não poderá contar com ele nas suas futuras batalhas (Por exemplo, segundo turno) e será um opositor raivoso contra a governabilidade;
Quem determina a vitória em uma guerra é a estratégia. O ardor ideológico da força bruta, sem estratégia, serve, apenas, para povoar cemitérios com lápides de heróis.
César Cantu
São Paulo, 21.12.21
Se Gabriel Boric tivesse seguido essas prioridades, o que poderia ter ocorrido no Chile?