Em entrevista à imprensa, Ricardo Galvão, presidente recém empossado como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), disse que haverá aumento de 40% nos valores das bolsas de pesquisa, mas que isso ainda depende da Casa Civil.
"Não reduzimos, mas temos três cenários possíveis, nenhuma abaixo de 40%. Mas é possível que a Casa Civil, vendo todo o cenário de recursos necessários, tenha que abaixar um pouco", informou ele.
Galvão afirmou ter feito reuniões com a presidente da Capes, Mercedes Bustamante, para compatibilizar os aumentos das bolsas de pesquisa CNPq e Capes e que tudo está sendo estudado pela Casa Civil.
Segundo Galvão, o valor de 40% foi proposto na equipe de transição, não é o valor aprovado pelo governo. “O presidente Lula em todos seus discursos tem dado como certo essa reestruturação dos valores das bolsas", afirma.
Posse - O pesquisador Ricardo Galvão assumiu na terça-feira, dia 17/01, a presidência do CNPq. Emocionado, ele fez críticas à gestão Bolsonaro durante discurso.
Galvão foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2016 a 2019. Ele foi demitido do cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o órgão de mentir sobre dados que indicavam a alta do desmatamento na Amazônia.
No primeiro pronunciamento como presidente do CNPq, o pesquisador afirmou que a ciência brasileira "sobreviveu ao cataclismo político promovido por um governo negacionista".
No discurso, ele também defendeu funcionários públicos. "Todos os servidores públicos são acusados de não fazer nada, de não produzir, de não trabalhar, mas vocês foram o sustento contra esse governo. Eu sou muito agradecido a todos muito agradecidos a todos os servidores das unidades", disse.
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