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SAUDOSISMO TECNOLÓGICO -

Tarcísio Praciano Pereira - Sobral - CE


Nós estamos acabando com a Terra, tudo indica que se continuarmos com a loucura ambiental, ai por 2050 estaremos todos morrendo de sede, de calor ou sob violentos temporais de água ou terra.

O Planeta Azul tende a se tornar um local inóspito apesar de que quatro ou cinco países dominem a tecnologia de viagens interplanetárias mas em condições insuficientes para que a gente vá morar na inóspita Lua e no aquecido Marte. Morreremos todos por aqui mesmo, seja eu um pobre diabo ou os três ou quatro trilhonários americanos que de vez em quando fazem um passeiozinho lá pela estratosfera deixando para trás os empregados com salários apequenados.

Morreremos todos à míngua e em grande sofrimento. Eu já terei morrido um pouco antes mas até lá certamente passarei por grandes dificuldades porque o tempo apenas piora.

Bem, o principal fator, o maior, o mais violento são as guerras que em que a indústria de guerra investe fundo para destruir o planeta, matar crianças mulheres e seus maridos, produz um êxodo infeliz de mulheres ucranianas, estas brancas e louras, iemenitas, africanas nem tão brancas e louras e nem por isso menos importantes. Se puséssemos um fim no negócio guerreiro já seriam alguns trilhões de dinheiro que poderia ser dirigido para melhorias sócio-ambientais mundo afora, solidariedade ou na linguagem de falsidade cristã, caridade! Mas por trás das guerras existe uma máquina industrial militar, a OTAN, que tem uma sede insaciável de sangue, do sangue de crianças, de mulheres e de seus maridos. Acabar com a OTAN parece ser uma tarefa imensa. Mas fica a minha esperança registrada, um dia, não muito longe, ver a OTAN destruída para que a Terra não seja destruída.

Entretanto eu acordei hoje saudosista. Há dias pensava nisto e hoje resolvi escrever. Eu me lembro, eu era garoto, que uma vez por semana havia um evento em minha casa, quanto meu pai trepava numa cadeira na sala e ia dar corda no relógio. Eu por várias vezes perguntei se eu não poderia dar corda no relógio, um relógio grande, numa caixa de madeira envernizada, que meu pai em cima da cadeira, abria a porta do relógio e pegava a chave que ficava guardada na parte de baixo da caixa e, cuidadosamente, rodava a chave no buraco que ficava entre os ponteiros do relógio e dava corda. A corda chegava para uma semana inteira e neste momento o pai tinha que acertar o relógio porque ao final da semana ele estava três ou quatro minutos atrasado. Três ou quatro minutos atrasado por semana não chegava a nos atrapalhar em chegar na hora certa na escola ou fazer as refeições no horário certo, ou chegar dentro do horário no trabalho. E mais importante, o relógio do meu pai não criava poluição química, não tinha bateria.

Hoje nós somos 8 bilhões de seres humanos, que seja a metade, 4 bilhões usando relógio com bateria de lítium que de vez em quando jogamos fora, mesmo que seja responsavelmente são 4 bilhões de baterias responsavelmente criando lixo. E todos estes relógios poderiam ser relógios de corda sem produzir lixo nenhum, claro, com atrasos de três ou quatro minutos por semana.

Ah, que atraso, ninguém usa mais relógio, sim, alguns abestados ainda usam uns relógios caros, tocados a bateria de lítium, que custam os olhos da cara, mas lhes enfeitam o braço com três ou quatro mostradores, da hora, dos minutos e dos segundos. E não atrasam nem mesmo um milissegundo por semana! Que estresse! E poderiam ser relógios de corda, uma tecnologia avançada que envolve pesquisa de material de alta qualidade para produzir a corda, tudo miniaturizado, tecnologia suíça, que nossas universidades poderiam estar produzindo aqui e repassando a tecnologia para as indústrias, criando empregos e evitando os 4 bilhões de baterias de litium e até vendendo relógios de corda para os países desenvolvidos que não possuem mais esta tecnologia porque já a perderam.

Ah, que atraso, ninguém usa mais relógio, a hora a gente olha no android ou no ipod, quem tem mais dinheiro para investir na apple gastando 10 vezes o valor dum andróid para fazer exatamente o mesmo serviço. E gastar bateria de lítium! A bateria do andróid, ou do Ipod, ocupa mais da metade do aparelho e em seu lugar poderia estar um gerador de energia elétrica à corda, copiado dos relógios à corda, apenas com um buraquinho do lado onde meter a chave para dar corda uma vez por semana, como no relógio de parede do meu pai. Sem bateria de litium já estaríamos nos livrando de 4 bilhões de investimento no lixo do planeta. Seria sem dúvida uma pesquisa tecnologia de ponta que poderia nos livrar das baterias de litium e nos devolver para um mundo mais humano com androids rodando com corda. Tecnologia “suíça”, que nossas universidades poderiam estar produzindo aqui e repassando a tecnologia para as indústrias criando empregos e evitando os 4 bilhões de bateria de litium e até vendendo relógios androids de corda para os países desenvolvidos que não possuem mais esta tecnologia porque já a perderam.

Com este aprendizado dos relógios e dos andróids à corda estaríamos a caminho de produzir energia à corda para tocar nossas necessidades domésticas e de quebra ter em casa, sim, em cada casa, uma pequena sessão de ginástica para dar corda usando uma bicicleta especial que levantaria um peso de uma tonelada guardando energia para o uso doméstico diário que poderia ser de corda com nos relógios ou alimentando baterias gravitacionais. Também esta uma tecnologia “suíça”, que nossas universidades poderiam estar produzindo aqui e repassando a tecnologia para as indústrias criando empregos e evitando os bilhões de baterias de lítium e até vendendo o sistema de bicicletas geradoras de energia de corda ou gravitacionais para os países desenvolvidos que não possuem mais esta tecnologia porque já a perderam.

Nas ruas poderíamos eliminar carros e motos, quase todo mundo pedalando, todos saudáveis, sem barriga, sem colesterol, deixando carros elétricos exclusivamente para pessoas com deficiência física que não pudessem pedalar, mas estas seriam relativamente poucas e se locomovendo dentro do limite de velocidade das bicicletas não causariam nenhum dano e nem acidentes. De bicicleta eu vou de minha casa para o meu trabalho, na Universidade em quinze minutos que é o mesmo tempo que eu gasto para ir sozinho no carro queimando álcool e poluindo o meio ambiente. Não sou jovem mas me locomover na cidade inteira de bicicleta, e já fiz isto várias vezes e não o faço sempre porque o trânsito me deixa aterrorizado e termino preferindo ir na segurança dentro do carro poluidor. Mas fisicamente estou preparado para me locomover em bicicleta mesmo na altura dos meus quase 80 anos e terminaria me garantido chegar aos 120 anos.

Mas eu sou saudosista!


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