O brasileiro Alberto Santos Dumont (1873-1932) é reconhecido mundialmente como o “pai da aviação” e pioneiro na navegação aérea, o que já seria suficiente alçá-lo à condição de um dos gigantes da ciência. Mas as invenções do “mineiro voador”, filho da Zona da Mata, vão muito além do 14-bis.
A lista inclui o balão a gás de pequeno porte (o menor já produzido até então), os primeiros dirigíveis com motor a gasolina, o motor de cilindros opostos, o hangar, as aeronaves ultraleves, o relógio de pulso e o chuveiro aquecido a álcool. Referência do que chamamos hoje de inovação, Santos Dumont foi também um precursor da patente livre.
A celebridade e a genialidade não foram maiores, porém, que os dramas impostos pelas contradições da humanidade, pela esclerose múltipla e pela depressão. Pacifista por natureza, Santos Dumont chegou a pedir à Liga das Nações – em vão – que proibisse o uso de aviões em guerra. Seu suicídio, aos 59 anos, é comumente associado ao trauma de ver uma de suas invenções a serviço de bombardeios destrutivos e fatais.
Neste sábado (20), celebramos os 151 anos do nascimento de Santos Dumont. Em sua homenagem, o Museu Aeroespacial do Rio (Musal) promove, neste final de semana, demonstrações e acrobacias aéreas, atividades educativas e ações culturais. Que o legado de Santos Dumont permaneça como um farol para inventores, pesquisadores, cientistas, engenheiros e curiosos do mundo.
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