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EngD presente na entrega das certidões de óbito corrigidas aos familiares das vítimas da Ditadura

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    EngD
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Diego Roiphe



Na última quarta-feira, 8, a EngD esteve presente em mais um ato solene no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, palco histórico da resistência e defesa da democracia, destacadamente durante a ditadura empresarial-militar e, mais recentemente, nas reafirmações da nossa jovem democracia frente às ameaças contra ela. É nesse segundo escopo que se localizou a cerimônia de entrega de 63 certidões de óbito corrigidas aos familiares de vítimas da repressão do Estado Brasileiro, entre 1964 e 1985. Vladimir Herzog, Alexandre Vannucchi Leme, Carlos Marighella e Rubens Beyrodt Paiva estavam entre elas.


Relembrar o que nos custou para chegar onde estamos hoje é também um nobre ato de defesa da democracia e do estado de direito. Ato esse tão necessário hoje, quando as pessoas (sejam jovens ou mais velhas) parecem se esquecer dos horrores das ditaduras, com uma inexplicável confusão entre liberdade e repressão. Se defendemos a liberdade, temos de defender a democracia – e vice-versa. Mas a democracia não deve ser estática; ela deve ser atuante contra todos aqueles que contra ela atentam, em todos os níveis – seja em um ato discriminatório ou em uma tentativa de Golpe de Estado.


Foi lindo ver os discursos no palanque do Salão Nobre – inclusive da Ministra de Direitos Humanos e Cidadania Macaé Evaristo, promotora do evento –, mas, mais que isso, foram dolorosas e libertadoras as palavras com que os familiares das vítimas se dirigiram ao público. A voz de quem muito lutou e que ainda hoje se sustenta forte. A voz de quem sabe que tem na família um mártir. A voz de quem, mesmo sem saber, também é um admirável herói.


Diego Roiphe é Diretor de Juventude da EngD e Presidente do Grêmio da Poli (USP).

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