Engenharia Nacional: protagonismo e o futuro do Brasil
- Amaury Castro Monteiro Jr

- 3 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de out.
Amaury Monteiro Junior

Colegas Engenheiros, Agrônomos, Geocientistas e Tecnólogos do Brasil,
Sua presença na SOEA e no CNP é a prova viva da nossa força. Não podemos permitir que estes encontros se resumam à burocracia. O momento exige que você, eu, e todos nós, transformemos a reflexão em ação para reafirmar o protagonismo da Engenharia Nacional. Este é um pilar inegociável na construção de um país Democrático, Soberano, Justo e Igualitário.
A RUPTURA NECESSÁRIA: DA OMISSÃO DO SISTEMA À AÇÃO PROFISSIONAL
Chega de conformismo! O momento exige uma ruptura imediata com tudo que nos apequena. A solução reside na sua capacidade de exigir, debater e construir. Lembre-se: a falha do sistema Confea/Crea é um sintoma; o nosso engajamento é a cura.
Por isso, temos que questionar o nosso Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e o enfraquecimento de nossas instituições, causado por posturas passivas.
Como podemos tolerar o regime semipresencial na formação profissional? É inadmissível! Essa decisão é um ataque direto à soberania, à segurança e ao futuro da Nação. Enquanto o mundo busca excelência técnica, o Brasil abraça a desqualificação. Esta é a sua batalha por educação de qualidade e ela exige mobilização imediata de cada profissional para reverter o quadro.
VIRALATISMO ZERO: A ENGENHARIA ESTRATÉGICA E O NIB
Você sente a frustração? O Sistema Confea/Crea demonstra um lamentável “viralatismo” profissional. A liderança das obras de infraestrutura deveria ser das empresas brasileiras. A inação da atual gestão demonstra falência estratégica, pois o dever dela seria atuar incisivamente junto ao Executivo e ao Legislativo para garantir o protagonismo nacional.
Olhe para a ausência efetiva do Sistema Confea/Crea no debate e na formulação do programa Nova Indústria Brasil (NIB). Essa exclusão nega à Engenharia a chance de garantir prioridade para a nossa mão de obra e tecnologia. A inércia condena nossos profissionais de excelência ao ostracismo. Mais grave ainda, é inaceitável que o palco de nossa maior representação seja aberto a figuras que historicamente atuam contra a Soberania Nacional. Pessoas que promoveram a privatização de empresas estratégicas e defendem interesses que não contemplam um futuro de desenvolvimento para as nossas futuras gerações. Quem está sendo beneficiado por essa inércia?. A Engenharia brasileira deve ser a principal promotora da Engenharia Estratégica Nacional para o desenvolvimento e soberania do país.
ÉTICA E PROPÓSITO: O RESGATE DA LEI 5.194/66
A discussão sobre a Lei Federal 5.194/66 (PL 1024/2020) precisa ser resgatada da distorção. Nós não podemos permitir que o foco se desvie para interesses paroquianos, o carreirismo de gestores ou o casuísmo na gestão. O nosso dever é usar esta oportunidade para defender a valorização do ensino de qualidade, o salário mínimo profissional e a modernização da legislação. A nova lei precisa promover a ética e o propósito público da Engenharia. Ela não pode ser um palco de interesses individuais.
AGENDA DE COMPROMISSO: O CHAMADO À AÇÃO NA SOEA/CNP
NÃO HAˊ DESENVOLVIMENTO SEM ENGENHARIA E
NÃO HAˊ ENGENHARIA SEM DESENVOLVIMENTO!
O Confea tem que se alinhar, mas a garantia da excelência cabe a nós, os profissionais. A SOEA/CNP é o ponto de partida para o nosso compromisso. Propomos a agenda de ação imediata:
1. PACTO NACIONAL COM O NIB: Vamos constituir um Comitê de Incidência para a inserção efetiva no programa Nova Indústria Brasil.
2. PACTO PELA ÉTICA DE GESTÃO: Vamos exigir um Pacto de Ética Profissional e de Gestão contra o casuísmo e a perpetuação de mandatos.
3. PACTO PELA QUALIDADE: Vamos lançar uma Campanha Nacional pela Qualidade do Ensino contra o enfraquecimento da formação presencial.
O futuro da nossa profissão depende de deixarmos a passividade. Assuma o papel de protagonista! Modelemos juntos um Sistema à altura da nossa missão.
A hora de agir é agora.
Amaury Pinto de Castro Monteiro Junior é Engenheiro Civil, Professor Universitário, Mestre em Gestão Ambiental, Coordenador do movimento Geração 68 Sempre na Luta, um dos fundadores e ex-presidente do Conselho Deliberativo da EngD, âncora do programa A Política Nua e Crua exibido todos os sábados às 16h no Canal Arte Agora.
Também do autor A Engenharia como Ferramenta da Nação.




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