No capitalismo, o dinheiro é fundamental, considerem, as pessoas, isso benéfico ou maléfico.
Historicamente, no sindicalismo, uma minoria mais aguerrida lançava-se à luta pelas conquistas da categoria, expondo-se a um amplo espectro de riscos. Sem essa luta, com certeza, muitos dos direitos não teriam sido conquistados e a reposição salarial anual seria muito menor. Não quero entrar no mérito se o modelo dessa luta era acertado ou não em todas as ocasiões.
Uma maioria nada fazia, não se expunha aos riscos, mas colhia os bons resultados em condição de igualdade com toda a categoria.
Para compensar a não participação na luta sindical, os omissos também contribuíam com o valor de um dia de trabalho por ano para manter as atividades dos sindicatos. Esse dinheiro representava a maior parcela de arrecadação do movimento sindical.
A Reforma Trabalhista do traidor de lesa-Pátria, lesa Povo Michel Temer acabou com essa contribuição. A falta de dinheiro foi o principal ou um dos principais fatores do declínio do movimento sindical no país. Os detentores do capital conseguiam, assim, o seu principal objetivo: Definhar a força dos movimentos em defesa do trabalho e passaram a imperar absolutos.
Agora, o STF sinaliza que pode aprovar o retorno do imposto sindical. Com isso, todos os trabalhadores voltarão a contribuir com a luta pela equalização das relações capital-trabalho: Uns envolvendo-se diretamente e expondo-se aos riscos e outros não participando, livrando-se dos riscos, mas contribuindo financeiramente para fazer jus aos resultados que eles, também, colherão.
Muitos, certamente, continuarão contra a cobrança, mas é um ótimo momento para abrir o debate.
Grato
César Cantu
São Paulo, 21.04.2023
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