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Debate aponta importância da Ciência e Tecnologia para desenvolvimento do país

“Ciência no Parlamento” foi o tema da 8ª Roda de Debate da Engenharia pela Democracia (engD), realizada no domingo, dia 18 de setembro. A atividade foi mediada pelo secretário-geral, Maurício Rezende Habert, e teve como convidados a cientista e candidata a deputada estadual (PCdoB) Mariana Moura; e o físico e professor, Ricardo Galvão, candidato a deputado federal (Rede-SP).


Coube ao coordenador-geral, Paulo Massoca, abrir o debate e falar sobre o compromisso da EngD com a defesa de um projeto de governo alinhado com a defesa da democracia e com investimentos em áreas fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico do país, como a Ciência, Tecnologia e Inovação.


“Não se trata de mais uma eleição. A própria democracia está ameaçada. Nesse sentido, nossa assembleia deliberou, por unanimidade, que o melhor caminho é unir as forças democráticas e patrióticas para derrotar o atual governo, se possível no primeiro turno, apoiando a chapa Lula/Alckmin, que representa um amplo leque de alianças suprapartidárias de compromisso com a Democracia e Soberania nacional”.

“Elaboramos uma Carta de Compromissos da EngD, que será encaminhada aos candidatos aos cargos executivos e legislativos”, completa o coordenador -geral da EngD. Clique aqui e leia o documento.


Por fim, Massoca ressaltou a necessidade de políticas publicas e investimentos na área da ciência, tecnologia e inovação, bem como a necessidade de eleger comprometidos com essa pauta. “É preciso aumentar investimentos que hoje são mínimos. Houve um projeto de desconstrução e tanto Mariana como o professor Ricardo são pessoas que terão grandes contribuições a fazer nesse sentido”.


Doutora em Energia, Mariana Moura é candidata a deputada estadual (PCdoB-SP) e co-fundadora do movimento Cientistas Engajados. “É um momento desafiador, porque temos que contribuir com propostas para tirar o Brasil da crise e ao mesmo tempo impor uma resistência a ideia retrógrada e antiquada. É uma missão fundamental para o nosso Estado e para o Brasil”, defende Mariana.


Mariana revela que dois foram fatores a levaram a defender a ciência. “O primeiro, foi a defesa do Brasil e a luta contra a desigualdade. Sempre enxerguei a riqueza do nosso país, e ao mesmo tempo um país que tem tanta miséria e pobreza. O outro motivo foi o acadêmico. Estudei o desenvolvimento econômico, que envolve a ciência e a tecnologia. Somos um país que exporta matéria-prima, um produto de baixo valor agregado com relação ao que precisamos importar, a tecnologia. Isso significa que se não tivermos investimento em ciência, tecnologia e inovação vamos continuar exportando matéria-prima e importando tecnologia”, avalia Mariana.


Segundo Mariana, o orçamento para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi R$ 3,3 milhões, enquanto o valor gasto para pagar royalties e licenças na área da tecnologia foi mais de 10 milhões em 2017. “Esse é um dos motores da minha candidatura”, afirma a candidata.


Candidato a deputado federal (Rede), Ricardo Galvão é doutor em física, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), membro da Academia Brasileira de Ciências, ex-diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


Por sua defesa da ciência contra os ataques de Jair Bolsonaro, a revista científica Nature listou Galvão como o primeiro das dez pessoas mais importantes para a ciência em 2019. Já em 2021, o professor foi distinguido pela Associação Americana para o Avanço da Ciência com o Prêmio da Liberdade e Responsabilidade Científica.

Perguntado sobre a motivação para sua candidatura, o professor comentou sua angustia em vencer as principais dificuldades sempre presentes para o avanço da ciência e tecnologia no Brasil.


“Primeiro porque suporte financeiro sempre era variável, nunca havia garantia de investimento, o que dificultava ter projetos de ponta na área cientifica; a segunda motivação foi a dificuldade que sempre tivemos transpor da pesquisa acadêmica para a sociedade. O terceiro e mais importante, porque a ciência e tecnologia nunca conseguiu ser incisiva na elaboração de políticas públicas. Sempre apresentávamos projetos, mas nunca lutamos, de forma incisiva, para nos inserir na formulação de políticas públicas”, destacou Ricardo Galvão.


Assista ao debate na íntegra:



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