No último sábado (9), o movimento Engenharia pela Democracia (EngD) marcou presença nas manifestações de rua em defesa da democracia, que ocorreram em todo país. Membros da EngD nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará compareceram com suas camisas e faixas da Engenharia pela Democracia, somando-se aos outros movimentos sociais presentes nas ruas.
Segundo o coordenador geral da EngD, Paulo Massoca – que esteve presente com integrantes da EngD na capital de São Paulo, na praça da República – a manifestação de sábado foi um processo importante de retomada dos protestos em defesa da democracia: “Esta retomada da presença nas ruas é importante, o processo político atual está muito cercado pelo ambiente institucional, a articulação intra-partidos no congresso e as ruas estão menos presentes. No dia de hoje, os movimentos deram o recado de forma articulada e organizada: temos que tirar Bolsonaro, combater as fakenews, garantir as eleições, dar posse a quem ganhar e garantir o governo no dia 1º de janeiro de 2023.”
Na cidade do Rio de Janeiro, a vice coordenadora da EngD, Cládice Diniz, considerou o movimento de sábado com um saldo muito positivo: “tivemos presença de muitos manifestantes convocados pelas centrais sindicais, com seus militantes se fazendo presentes. Concentraram-se na Candelária desde às 10h, saindo em passeata às 12h pela Av. Rio Branco, terminando na Cinelândia, onde diversas lideranças discursaram”.
Em Fortaleza, o engenheiro Ricardo Mendes também concentrou colegas da Engenharia pela Democracia com suas camisas e faixas do movimento na praça Portugal. Embora a quantidade de pessoas nos protestos tenha sido inferior à de manifestações de 2021, a observação geral é que foi um processo de reinício das ruas no ano 2022: “a manifestação foi um aquecimento para os próximos eventos, e neste sentido foi muito válida” – diz Argimiro Secchi, membro da EngD que também esteve presente na Cinelândia no Rio de Janeiro.
Marcelo Chueri, membro da EngD e do movimento Geração 68, enquanto carregava a faixa na praça da República gravou seu depoimento: “estamos aqui na primeira manifestação pelo fora Bolsonaro, para derrotar toda essa ameaça à democracia, ao desgoverno, aos escândalos na educação, saúde, o meio ambiente, o desprezo a cultura. Sair às ruas é essencial para nós. Sabemos que o presidente já fala ‘que se ele não puder contar os votos, não vale’. Quer dizer, já está preparando um golpe, quer melar as eleições. Depois das eleições ele vai ter dois meses ainda como comandante-chefe das forças armadas. Então vamos voltar para as ruas, gente. É a rua que vai garantir a democracia, as eleições. Hoje é um ensaio geral, mas vamos em frente. A luta, brasileiros e brasileiras!”.
As próximas manifestações já possuem data marcada, no ato do 1º de Maio - dia do Trabalho - data histórica de manifestações populares. Em São Paulo ocorrerá na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a partir das 10 horas. A EngD estará presente e buscará organizar todos ligados ao movimento para marcarem presença e forças nesta próxima manifestação em defesa da democracia.
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