CNPq tem como meta equalizar a pesquisa brasileira com a pesquisa internacional. Entendo que se trata dum equívoco e explico porque e vou mais a fundo dizendo o que penso sobre como deveria ser o monitoramento que o CNPq deve ter do desenvolvimento da pesquisa brasileira para os interesses do povo brasileiro.
Eu já me manifestei diversas vezes pela eliminação da CAPES que entendo que hoje representa uma castração dos projetos de pesquisa das universidades uma vez que ela monitora com objetivo de dar pontos e portanto restringir a liberdade de ação das universidades de escolherem seus próprios rumos para pesquisa. A CAPES teve uma papel fundamental, mesmo com a maléfica nota, em elevar o nível das nossas universidades que hoje já amadureceram e já não mais precisam duma burocracia monitora. Os recursos, dinheiro e pessoal, que a CAPES consome podem ser melhor utilizados diretamente pelos conselhos universitários de cada universidade sem a castração que a CAPES representa.
O ponto principal é que a pesquisa se volte para os problemas urgentes que temos e procure encontrar soluções para eles de modo que toda a população brasileira seja representada como o objetivo. Há vários problemas e na sequência vou citar alguns que me preocupam sobremaneira, mas certamente vou ficar longe de ser abrangente e nem tenho este objetivo.
Vou tomar um exemplo simples, lutamos contra o tempo e contra a poluição e hoje não se trata mais de uma questão ser "verde" porque está claro que dentro de duas ou três dezenas de anos, se continuarmos vivendo e crescendo como se nada estivesse acontecendo, estaremos num inferno do qual não teremos saída, a poluição ambiental das quais um dos problemas é o lixo e outro é a emissão de gases do efeito estufa e deste problema os carros, os veículos automotores, mesmo os elétricos com baterias que se vão tornar em lixo, são o centro do problema. Interesses malignos fortíssimos se encontram por trás dos veículos automotores o que inclui os aviões.
E onde entra o CNPq neste exemplo? Simples, se eu submeter um projeto de pesquisa ao CNPq dedicado a recuperar o conhecimento sobre relógios de corda, eu não tenho dúvidas, ele será liminarmente reprovado, e certamente porque não estaria em conformidade com uma equalizado com a pesquisa internacional. Eu estaria na justificativa incluindo as seguintes perspectivas do projeto (1) estudo de material para encontrar o máximo de performance para guardar energia (2) estudo da mecânica para obter máxima precisão no sistema de oscilação harmônica objetivando a mais alta prisão do registro e acompanhamento do tempo (3) miniaturização objetivando minimização do gasto energético e consequente duração da energia acumulada. (4) Estudar a evolução do mecanismo para produção de energia elétrica, primeiro para fontes de baixa potência mas em seguida para atingir sistemas de baterias gravitacionais. (5) apresentar uma solução alternativa, confiável, segura, eficiente para eliminação total das pilhas químicas que hoje representam um gravíssimo problema de lixo não reciclável.
Mas o projeto seria considerado de natureza nostálgica e contraditório com os objetivos do CNPq de equalização da pesquisa brasileira com a pesquisa internacional.
Entretanto este projeto se apoiado e financiado e mesmo se difundido ao máximo sem restrições de patentes ou autoria, poderia se tomado por várias universidades brasileiros e enriquecido com uma diversidade muito grande de opções tanto na natureza do material empregue na construção das máquinas como na diversidade de objetivos e possivelmente em curto prazo nos veríamos livres de baterias químicas do lixo monumental que elas hoje representam.
Não creio que eu precise pontuar sobre sua consequências, mas vou mesmo assim arriscar alguns itens. (1) Uma rede de ferroviária eletrificada expandida a todo o território brasileiro e países vizinhos sustentada exclusivamente com baterias gravitacionais. (2) Nas cidades bondes elétricos, também sustentados exclusivamente com baterias gravitacionais (3) redução ou eliminação, em certo médio prazo, do veículos automotores liberando as ruas para o uso da bicicleta com todas as vantagens para a saúde que isto representaria.
Comments