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O ser humano e o meio ambiente: o protagonismo humano e a responsabilidade conjunta nas mudanças climáticas

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    EngD
  • há 5 dias
  • 7 min de leitura

Aparecido Fujimoto


Justificativa


Considerando a ciência, a tecnologia e a inovação como pilares essenciais na evolução da cultura, da postura comportamental de princípios de imparcialidades nos valores de uma sociedade, vinculados à consolidação, melhoria e desenvolvimento de práticas, é plausível supor que as respostas para diversos desafios, ainda persistentes, sociais, estruturais, econômicos, ambientais e políticos estejam, ao menos em parte, na eficiência e eficácia variável do sistema educacional em promover avanços inovadores e representativos.


A capacidade de uma sociedade de abordar e resolver problemas complexos como a mudança climática, desigualdades econômicas e crises políticas pode ser ampliada pelo fortalecimento de uma educação que não apenas transmite conhecimentos, mas também fomenta habilidades críticas, criativas é renovadora.


A integração desses elementos não só impulsiona a formação de uma cidadania mais informada e capacitada, mas também alimenta o ciclo virtuoso de descoberta científica, do desenvolvimento tecnológico e da aplicação de fatos e realidades que podem transformar positivamente a estrutura e dinâmica de uma sociedade. Elevar-se-á a um estado de patamares flexíveis e ao bem comum, sem alterar o objeto precípuo da valorização das pessoas e sua interatividade sociocultural, democrático e de pensamento holístico na estruturação e convivência humanista.




 

Desenvolvimento


O ser humano assim como todo ser vivo, penso, convive em ambientes específicos com características distintas permitindo o seu relacionamento com adaptações necessárias, configurando a interação ser vivo-ambiente, caracterizando as paisagens naturais de diversos lugares e regiões. Assim ele constrói o seu próprio ambiente, cria seu próprio habitat e dele retira seu sustento, não importando se está frio ou calor, se chova ou faça sol, se há vegetação em abundância ou não: ele continua pesquisando e desenvolvendo...avançando com seu objetivo, agora definido.

E, por conseguinte, em seu convívio desenvolve leis, regras e promove o trabalho. Cria uma cultura e consolida suas características, participando e colaborando com a sua comunidade. Entretanto é fundamental, sempre, procurar definir princípios de imparcialidades baseados na ética do caráter, da justiça da retidão, tendo sempre em primeiro lugar o bem estar da sociedade bem como o seu relacionamento com o meio ambiente.

Com base nessa relação interdependente, torna-se imprescindível que haja equilíbrio entre as pessoas, caso contrário acarretará mudanças das características existentes entre elas o que poderá ocasionar a fragilidade do meio ambiente provocando uma desarmonia entre o ser humano com a flora e a fauna ocasionando  uma  nova, indesejável e trágica interação com o ecossistema em todo os seus segmentos. Assim ao se referir sobre a complexa natureza do homem, percebe-se três considerações: o homem é um ser transacional, possui um comportamento dirigido para objetivo e é um modelo de sistema aberto. 


No que se refere a um ser transacional, o homem se caracteriza por constante interação com o ambiente em que convive. “A vida humana é uma contínua interação com o mundo ao seu redor. Mais do que isso, o homem é um contínuo processador de informações e conhecimentos que recebe do seu meio exterior” (CHIAVENATO, 1999). 

        

Numa segunda consideração, afirma que os atos e comportamentos de um indivíduo são norteados pela sua cognição, pelo que ele pensa, percebe e acredita. Na terceira afirmação, acrescenta-se a aceitação de produtos do ambiente dispondo-se a modificar sua cultura na intenção de adquirir com o objetivo de reduzir as suas dissonâncias podendo adotar um comportamento proativo e de responsabilidade conjunta com seus semelhantes.


Entretanto, acredita-se ser fundamental reavaliar possíveis mudanças de paradigmas, prevalecendo a realidade de seu círculo de influência e na adequação de seus propósitos, não apenas de preocupação, favorecendo sempre o mais importante, ter sempre um objetivo em mente e  ser proativo. Essências essas necessárias para se alcançar a convivência saudável e humana.


É inegável que a boa qualidade do meio ambiente existe. No entanto, o que permite que as distorções ocorram, acredito, é o despreparo e a falta de conscientização do ser humano. A sua própria inteligência e os seus inventos. “Em vez de estarem sujeitos aos perigos das forças naturais, os seres humanos agora sofrem os riscos resultantes de sua própria engenhosidade” (JURAN; GRYNA, 1993).


Não obstante, esses momentos de auto reconhecimento e da preeminente aprendizagem robótica, educativa e tecnológica, continua-se insistente e significativo o conteúdo exigido de forma independente a cada um dos participantes. Assim, é necessário e imprescindível que o procedimento do grupo de engenheiros, agrônomos e geocientistas veteranos, idosos e jovens, seja ativo, coeso e valorize, no grupo, a interdependência interativa.


No reconhecimento grupal e identificação de áreas diversas e, sobretudo na valoração do ser humano forte, frágil, corajoso, desencorajado, da bravura e da inercial pessoal é fundamental permanecer sempre a socialização sociocultural e educativa em “saber aprender, saber fazer, saber conviver e saber ser”  (Dellors, Jacque. Et al, 2000).


Percebi que, durante os encontros, muitos idosos e demais participantes entusiasmem  e até se emociona, que  através deste fantástico “voo” da imaginação em poucos segundos, ocorre um silêncio entre os partícipes,  bravos guerreiros do Sec. XX, que persistiram  na importância das reflexões da IA, loT, 5G e demais processos e métodos inovadores de verdadeiras Transformações e Processos Digitais, com climas de empolgamentos pessoais até que em  um Eventos um deles propôs um “cafezinho virtual”,  bradando em alta voz: “Cent anni” e, a reunião tornou-se uma festa improvisada  entre os engenheiros de todas idades.


Sob a intenção da insistência reflexiva acerca dessa interação no que se refere a possuir comportamento dirigido para determinada finalidade, o homem possui objetivos e desejos com o compromisso e  a responsabilidade conjunta para dedicar-se ao máximo para consegui-los. Com o acautelamento necessário, acrescenta-se ainda que a vida, para as pessoas, é uma incessante luta para alcançar seus procedimentos pessoais.


Assim constata-se que, as pessoas através de suas habilidades profissionais descobrem que em seus trabalhos seja imprescindível à necessidade de interatividade contínua e eficaz com relação às outras e se não conseguirem ou, simplesmente ignorarem a aprender e a aplicar os princípios de efetividade interpessoal, estarão fadadas ao fracasso.


A   educação como arte, por excelência da formação humana, se faz necessária e imprescindível. “Sejam envolvidos faculdades ou empresas, alunos ou funcionários…” (DAVIS; MEYER, 2000).


Nas intempéries e acomodações da sustentabilidade ambiental, acredita-se que a adaptação e a mitigaçao são elementos prementes e necessários à prevenção e acautelamento nas mudanças climáticas intensas atingindo tragédias ecológicas ignorando a  prevenção de riscos e, ainda, contribuindo para inimagináveis desequilíbrio ambiental. É mister o desenvolvimento de  processos e métodos de prevenção dos desastres com o a intenção de reeducação de perdas e danos provocados por mudanças inerentes ao curso normal da sustentabilidade ambiental.

A preparação para desastres e a redução de perdas e danos causados pelas mudanças climáticas envolvem ações intensas e sistêmica de mitigação e adaptação sociocultural e instrutiva para o País.


Tem-se consciência que pela Mitigação possa reduzir as  emissões de gases do efeito estufa, e outros), investir em energias renováveis, conservar, ecossistemas, melhorar a eficiência energética, contribuindo e promoverndo o transporte público e a mobilidade sustentável.


Desenvolvendo procedimentos adequados de Transformação Ecológica sem que provoque um desaquecimento da economia e a descompasso inclusão social. Acredita-se ser imprescindível envolvimento público, esclarecimento e apoio das indústrias e a conscientização da educação ambiental com essencial ênfase às Instituições de Ensino.


Assim, entende-se que, ao se organizar em comunidades/associações e outros, o ser humano, no desenvolvimento de suas aptidões técnicas e científicas, descubra e adquira novos métodos para tornar sua qualidade de vida melhor, observando e investigando a natureza e seus recursos naturais abundantes, em especial a partir do período da revolução científica e industrial, nas buscas Séc. XVIII–XIX).


Destarte, São muitas as questões que necessitam ser exploradas e incorporadas na nova legislação, compatíveis com um setor estratégico para o desenvolvimento industrial, científico e tecnológico, a geração de empregos de qualidade e a nossa soberania.


Aproveitamos para alertar que proposições estranhas e casuísticas aos objetivos estratégicos e regulatórios das profissões e da sociedade introduzidas no parecer do último relator do PL 1024/2020 na CFT, como a ampliação de mandatos para os atuais dirigentes. Portanto não se recomenda soluções imediatas mas, estatisticamente  coletar dados, confrontá-los mas não deduzi-los.

“Não estamos alterando o real para se adequar o ideal. Estamos alterando o ideal: é mais fácil”    (G.K. Chesterton, 1874-1936)


Uma vez embasado, há anos, nas atividades tecnológicas, retirou-se da natureza a fonte de suas necessidades, a transformação de energia fóssil para movimentação da máquina de toda a natureza, a eletricidade e outros. Entretanto, em pleno século XXI, muitas vezes o faz sem o reabastecimento desses recursos naturais abundantes e gratuitos, contrapondo-se à filosofia e às leis da natureza.


O homem, com o seu potencial cognoscível e inerente, muitas vezes ignora que há necessidade de um desenvolvimento consensual e de conceitos humanísticos para que se transforme em energia útil e comum a todos os povos. Diante de sua capacidade inventiva, o homem se vê ameaçado de sua própria engenhosidade.


“A invenção e o uso dos instrumentos de investigação, produto do próprio progresso tecnológico, incidiram diretamente sobre o modo de pensar e de ver a natureza,...” (CASINI, 1975).


Aparecido Fujimoto é Bacharel em Física e pós-doutor em Engenharia Civil. É professor aposentado da Unicamp e PUC-Campinas e foi Conselheiro do CREA SP (2008 - 2013).

 

Referências das Pesquisas Bibliográfica,  

1.    CASINI, Paolo. As filosofias da natureza. Tradutores Ana Falcão Ba Luis            Leitao. Presença: Lisboa, 1975. p.07 – 131;

2.    CHESTERTON, G.K. Ortodoxia, tradução Francisco Nunes – Jandira,SP: princípios, 2019, Ciranda Cultural Editoa e Distribuidora Ltda, 208p;

3.    CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 4a ed. São Paulo: Atlas, 1999. p.11 - 58.;

4.    COVEY, Stephen R. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda, 2002. 440p;

5.    DAVIS, Stanley M.; MEYER, Christopher. A riqueza do futuro. Rio de janeiro: Campus, 2000. p.77 – 98;

6.    DECARTES, RENÉ, Discurso do Método, Porto Alegre L&PM, 2005, 128;

7.    DELORS, Jacques. et al. Educação: um tesouro a descobrir; relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 8a ed. UNESCO: Editora Cortez,2000, p.89-11;

8.    DRUCKER, Peter F. Managing Oneself. Harvard Business Review. NYC, p.100-109, jan. 2005;

9.    GRANT, Adan. Pense de Novo 1. Ed. Rio de Janeiro:Sextante, 2021. 304p

10.  GREENPEACE. Chuvas e descaso: por que São Paulo não está preparada? Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/chuvas-e-descaso-por-que-sao-paulo-nao-esta-preparada/. Acesso em: 06 de fevereiro de 25.

11.  LENOBLE, Robert. História da Idéia de Natureza. Lisboa: Edições 70. Tradução de Tereza Louro Perez, 1990. p.35 – 80.

12.  McCORMICK, John. Rumo ao paraíso: a historia do movimento ambientalista. Rio de janeiro: Relamé – Dumará, 1992. p.21 – 61

13.  PEARCE, David. Economics, equity and sustainabe development. In: Futures, v.20, n.06, dec.1988, special issue – sustainable development. p. 598 – 605.


Aparecido Fujimoto é Bacharel em Física e pós-doutor em Engenharia Civil. É professor aposentado da Unicamp e PUC-Campinas e foi Conselheiro do CREA SP (2008 - 2013).

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