Três ex-presidentes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) divulgaram, dia 26 de setembro, manifesto em apoio a Lula para Presidente da República, na eleição do próximo dia 02 de outubro.
Assinam o documento os engenheiros Wilson Lang (2000/2005), Marcos Túlio de Melo ( 2006/2011), Henrique Luduvice (1994/1996 e de 1998/1999).
Dentre as razões que balizam o posicionamento, eles destacam a necessidade de resgatar um projeto nacional que utilizou a plena capacidade da área tecnológica da Nação; o crescimento econômico; a implantação de programas sociais, ancorados na força da Engenharia e Agronomia; e a defesa da histórica presença do Estado em áreas consideradas estratégicas, visando o domínio de conhecimentos que definem o degrau de um País no espectro das Nações.
“Conclamamos os colegas, demais profissionais e cidadãos a se engajarem no processo eleitoral em curso, apoiando propostas que propiciem ao Brasil o alcance de indicadores de desenvolvimento compatíveis com as expectativas de cada brasileiro. E que jamais nos eximamos de combater eventuais retrocessos civilizatórios, quando estes se apresentarem em nossas trajetórias”, convocam.
“Finalizando, acreditamos na vocação deste País como exemplo de convivência plural e multicultural. Respaldamos que continue atuando em favor da paz e do entendimento entre contrários no concerto das Nações. Enfatizamos que o Brasil exerça, sempre que necessário, posições de protagonista neste século XXI, principalmente quando as circunstâncias, bem como os interesses nacionais e do planeta assim o exigirem”, finaliza o documento.
Leia abaixo o documento na integra:
Os ex-presidentes do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – abaixo nominados vêm a público manifestar seu incondicional apoio e voto no candidato Luís Inácio Lula da Silva, na eleição a ser realizada no próximo dia 02 de outubro do ano de 2022, conforme posicionamentos e razões explicitadas no texto abaixo:
Entendemos que, neste singular momento da República, faz-se necessário anunciar o suporte ao resgate de um projeto nacional que utilizou a plena capacidade da área tecnológica deste País, com a concomitante inclusão social do povo brasileiro. Um projeto que alcançou taxas de crescimento econômico referenciais; pagou dívidas externas e consolidou reservas internacionais. Um projeto que proporcionou a incorporação de profissionais, consultorias, empresas e instituições no planejamento, acompanhamento e execução de importantes investimentos, empreendimentos e obras estruturantes. Um projeto que, além de priorizar a educação, saúde, energia, emprego e bem-estar da sociedade, viabilizou a implantação de processos produtivos, complexos, diversificados e inovadores que colocaram o Brasil em destaque no cenário internacional.
Evidenciamos que, ancorados também na força da Engenharia e Agronomia, aqueles governos implantaram programas como Luz para Todos, Água para Todos, Renda Mínima (Bolsa Família) e tantos outros que levaram resultantes do atual estágio de desenvolvimento do País aos limites geográficos da Nação. Realçamos que houve elevação da qualidade de vida nos diversos Municípios e Estados, principalmente das populações residentes em regiões até então consideradas distantes e, muitas vezes, inóspitas para a ocupação humana. Mas, reconhecemos, há muito a ser realizado e o tempo urge. A população brasileira tem pressa, passa por profundas necessidades e os direitos constitucionais e legais lavrados precisam ser respeitados para que se almeje o reconhecimento interno e externo como Nação referência.
Destacamos que, neste ano em que se comemora o bicentenário da independência e autonomia do Brasil, uma Pátria que se recusou a ser colônia, defendemos a histórica presença do Estado em áreas consideradas estratégicas, visando o domínio de conhecimentos que definem o degrau de um País no espectro das Nações. Registramos também a importância da convivência harmônica com unidades empresariais privadas nesses setores, porém, sem jamais abdicar de parâmetros que envolvam a proteção de possíveis interesses nacionais e da coletividade, como estabelecem os países considerados centrais.
Ressaltamos, adicionalmente, que eventuais equívocos anteriores de governança sejam revistos e encarados como aprendizados. A ética deve ser respeitada como baliza a nortear transversalmente as ações das pessoas, cargos comissionados, instituições e governos. Em todas as organizações, patamares e níveis hierárquicos. Declaramos, ainda, que estas assertivas são inegociáveis. A apologia à democratização de oportunidades no Brasil impõe-se como um valor a ser perseguido e um vetor da nacionalidade, sempre visando assegurar uma vida digna e igualdade de chances para a totalidade do povo brasileiro. Propugnamos que esta afirmativa se concretize e seja estendida a todos, independentemente de crenças, etnias, gêneros, origens e opções políticas.
Rejeitamos, com convicção, quaisquer propostas com vieses golpistas que ofendam e questionem a democracia conquistada no Brasil, bem como os direitos individual e coletivo dos brasileiros na escolha dos seus governantes. Respaldamos as instâncias democráticas definidas na Constituição de 1988 e realçamos que a atual Carta Magna foi aprovada em processo constituinte que contou com ampla participação das pessoas, bem como com a interação de inúmeras representações sociais, inclusive do Sistema CONFEA/CREAs/MÚTUA/Entidades Nacionais, que ofereceram, naquele tempo, importantes contribuições.
Conclamamos os colegas, demais profissionais e cidadãos a se engajarem no processo eleitoral em curso, apoiando propostas que propiciem ao Brasil o alcance de indicadores de desenvolvimento compatíveis com as expectativas de cada brasileiro. E que jamais nos eximamos de combater eventuais retrocessos civilizatórios, quando estes se apresentarem em nossas trajetórias.
Finalizando, acreditamos na vocação deste País como exemplo de convivência plural e multicultural. Respaldamos que continue atuando em favor da paz e do entendimento entre contrários no concerto das Nações. Enfatizamos que o Brasil exerça, sempre que necessário, posições de protagonista neste século XXI, principalmente quando as circunstâncias, bem como os interesses nacionais e do planeta assim o exigirem.
26 de setembro de 2022
ASSINAM: Wilson Lang, engenheiro civil, presidente do Confea de 2000 a 2005
Marcos Túlio de Melo, engenheiro civil, presidente do Confea de 2006 a 2011
Henrique Luduvice, engenheiro civil, presidente do Confea de 1994 a1996 e de 1998 a 1999
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