Vamos eleger Amaury, Zé Manoel, Bogossian, Gilson, Bira e Lucena para fazer as mudanças
As eleições gerais para o Sistema CONFEA/CREA – que acontecem na próxima sexta-feira (17/11) – serão decisivas para o futuro de engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos e meteorologistas. Criados há 90 anos para regulamentar essas profissões, o conselho federal e os conselhos regionais mal conseguem dar conta de sua função original. Deliberadamente esvaziados e acéfalos, tornaram-se órgãos essencialmente cartorários, com mensalidades caras e cobranças abusivas, de olho no bolso dos profissionais.
Para além da fiscalização, o CONFEA propõe toda a legislação sobre a engenharia que vigora no Brasil. Desde 1966, com a Lei Nº 5.194, é uma instituição de “fé pública”. Em qualquer debate que envolva engenharia e desenvolvimento nacional, o CONFEA pode – e deve – estar presente. Esse papel é ainda mais relevante num país onde retrocessos como a operação Lava Jato e governos ultraliberais liquidaram empresas de engenharia, deixaram milhares de obras paradas, fecharam postos de trabalho e impediram o crescimento.
Em vez de agir, porém, o CONFEA se esconde. Não vemos opinião nenhuma do conselho sobre temas como a reindustrialização do País e o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê R$ 1,7 trilhão em obras pelo País. A engenharia é fundamental para a ampliação e a renovação da infraestrutura, para a garantia de bons investimentos públicos e privados, além da geração de empregos. Quando o CONFEA e os conselhos regionais se omitem, a sociedade fica refém não apenas de maus profissionais – mas também de projetos de qualidade, viabilidade e utilidade discutíveis. Leis e processos de licitações de obras públicas ficam comprometidos.
Há pouco mais de um ano, os brasileiros foram às urnas e optaram por um projeto de reconstrução nacional, que está em curso, após quatro anos de um governo de negacioniamo e destruição. O Brasil clama pelo fortalecimento da ciência, da tecnologia, da inovação e da engenharia, bem como de seus profissionais, hoje alvo de uma desvalorização crescente no âmbito de uma precarização geral. Engenheiros são cada vez mais contratados como “analistas” e chegam a ganhar remunerações aviltantes em tarefas importantes.
O CONFEA e os 27 CREAs precisam servir a um projeto audacioso e soberano, no rumo de um Brasil decente e próspero, capaz de combater a fome e a miséria, distribuindo renda e qualidade de vida para seu povo. A engenharia precisa ter voz e presença junto aos Três Poderes e credibilidade junto à opinião pública.
É com esse espírito de luta que nasceram as candidaturas de Amaury Monteiro Jr à presidência do CONFEA e dos outros nomes progressistas à presidência dos CREAs – Zé Manoel (SP), Francis Bogossian (RJ), Gilson Queiroz (MG), Bira (BA) e Adriano Lucena (PE). São candidaturas mudancistas, comprometidas com a renovação, a democratização, a transparência e a reconstrução do Sistema CONFEA/CREA. Recebem o apoio do movimento Engenharia pela Democracia (EngD) e de outras entidades.
Em contraponto a esses candidatos, a extrema-direita tenta tomar de assalto o sistema CONFEA/CREA, investindo em desinformação e no aparelhamento dos conselhos. Basta de atraso e de opções autoritárias. O CONFEA e os CREAS, conforme a EngD já proclamou, “precisam voltar a ser conselhos política e tecnicamente ativos. Representar à altura os profissionais da engenharia, da agronomia e das geociências. Participar com protagonismo dos debates relevantes para a engenharia e o desenvolvimento nacional”.
Por isso, chegou a hora da mudança. As eleições, com um atraso de 15 anos, foram agora democratizadas e horizontalizadas com o estabelecimento do voto digital, pela internet (através do site www.votaconfea.com.br), o que pode levar a uma participação mais expressiva de votantes. Agora na reta final é preciso que cada um ajude a mobilizar e despertar as mentes e os corações. A caminhada é longa. Está em nossas mãos fazer a escolha certa e transformar o sistema CONFEA/CREA – por um novo Brasil, por uma nova engenharia!
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