A Presidência da República respondeu formalmente, nesta terça-feira (16), à “Carta da EngD ao Presidente Lula”. O documento, entregue pelo movimento Engenharia pela Democracia (EngD) ao governo em dezembro, apresenta cinco reivindicações de interesse da engenharia nacional.
Na resposta, Paulo Cangussú André, diretor de Gestão Interna – órgão ligado ao Gabinete do Presidente da República – comunicou à EngD que quatro ministérios receberam as demandas. “Pela natureza do assunto, informamos que o referido documento foi encaminhado aos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; e de Minas e Energia; bem como à Casa Civil da Presidência da República”, aponta o ofício.
A EngD entregou a carta à Presidência da República em 16 de dezembro, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, onde Lula autorizou o início das obras de moradia do empreendimento Copa do Povo. Na véspera, dia 15, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já havia se reunido com uma comitiva da EngD e teve acesso em primeira mão ao documento.
Com a resposta do governo, o movimento deve se articular com outras entidades da engenharia, agronomia e geociências para atuar junto aos ministérios. "Valorizamos esse esforço do governo federal em ouvir a sociedade civil, receber propostas e mostrar abertura para dialogar a respeito. O próximo passo é agendar uma reunião com cada ministéiro", afirma Paulo Massoca, coordenador-geral da EngD.
O que diz a Carta?
“É fundamental fortalecer a engenharia nacional, seus profissionais, as empresas brasileiras, em especial as micros, pequenas e médias, tão duramente atingidas pela operação Lava Jato e pelas políticas destrutivas e antinacionais promovidas pelos governos que o antecederam. Nesse sentido, chamamos a atenção para cinco pontos que, a nosso ver, devem ser considerados neste contexto e na aplicação dos recursos do novo PAC”, aponta a “Carta ao Presidente Lula”.
As propostas incluem a “simplificação dos processos de compras e contratações de serviços pelo Estado e suas empresas”, a criação do “Programa Mais Engenharia”, a ampliação do “índice de nacionalização nos projetos e programas de reindustrialização” e a “suspenção e revisão das privatizações de empresas públicas estratégicas”, como a Eletrobras e a Petrobras.
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