Mulher Engenheira – Horizonte a ser Desbravado
- EngD

- 23 de jun.
- 3 min de leitura
Lara Fernanda Modolo Ducci e Odete dos Santos
Dia Internacional da Mulher na Engenharia – A Women’s Engineering Society (WES) do Reino Unido, criou o Dia Internacional da Mulher na Engenharia, comemorado no 23 de junho.

De acordo com a instituição: “Nossa missão é apoiar mulheres na engenharia a desenvolverem seu potencial e a tornarem o setor de engenharia inclusivo.
Inspiramos mulheres a atingirem seu potencial como engenheiras, cientistas e líderes técnicas. Para que isso aconteça, apoiamos educadores, gestores e empregadores na criação de um setor inclusivo.”
Composta por três pilares fundamentais – Interseccionalidade, Mulheres no Trabalho e Visibilidade – possuem o método Equality, Diversity & Inclusion Group (EDI),que visa auxiliar às engenheiras da WES, in loco, ajudando-as a superar barreiras, destacando desafios e práticas assertivas.
Mulheres no Sistema
De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), 223.771 mulheres integram o sistema, com registro nas diversas áreas da engenharia no Brasil. Portanto, esta representação está em torno de 20% dos profissionais.
Nas últimas eleições em 2023, houve um aumento de mulheres nos cargos eletivos do sistema. Avançamos, mas faz-se necessário aumentar a equidade de gênero na engenharia. Esse caminho é imprescindível para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A finalidade do sistema é proteger a sociedade garantindo sua segurança, fiscalizar o exercício profissional e a qualidade dos serviços prestados. Assim, assegurando que projetos, obras e inovações tecnológicas, ocorram dentro de padrões técnicos, éticos e públicos.
Nesse mesmo ano foi lançada a Cartilha do Programa Mulher do Sistema CONFEA/CREA/MÚTUA, simbolizando uma evolução nessa jornada de diversidade e inclusão.
Além do Horizonte
A celebração desse contexto visa influenciar o debate. Devemos incentivar o aumento de mulheres na engenharia nos diversos setores, compartilhar práticas e vivências. Enfim, apoiá-las com o objetivo de fortalecer o setor que as engenheiras vêm alcançando no âmbito da profissão. Enfim, buscar promover a equidade de gênero nas áreas.
Precisamos ocupar espaços e lutar contra o apagamento da escuta feminina na esfera pública. Fato caracterizado por um acesso universal e igualitário, essencial para a participação democrática e o processo político. Infelizmente, as mulheres ainda são minorias nessas profissões que englobam a carreira em Science, Technology, Engineering, Arts, and Mathematics (STEAM). Assim como reconhecer que o ideal ainda está longe.

A batalha contra a desigualdade é continua. Então, urge a ampliação de programas que atuem nesta luta para equalizar a diferença de gênero e o machismo existente nestas áreas. Entretanto, apesar do avanço histórico da presença feminina, não observamos reflexo objetivo nos repertórios buscando garantir que as profissionais tenham voz e visibilidade.
Não se pode negar
De acordo com um levantamento divulgado pelo IBGE, os homens receberam um salário médio 17% maior que as mulheres em 2022. Contudo, devemos acreditar em nossas capacidades e potencialidades, somos mulheres fortes e determinadas. Ou seja, cujos princípios são primados maiores. E assim participarmos ativamente em um dos setores mais essenciais para o desenvolvimento do país.
Lara Fernanda Modolo Ducci – Engenheira Civil, Conselheira da CNTU. Especialista em Saúde Pública, Resíduos Sólidos Domiciliares e Impacto Ambiental, Petróleo e Gás Natural, Gestão Pública e Gestão Escolar. Professora da SEESP e Conselheira Editorial da Revista AEscolaLegal.
Odete dos Santos – Técnica em Edificações, Engenheira Civil. Servidora Pública (GRU SP), Especialista em Vigilância Sanitária. Sócia-fundadora da EngD – Engenharia pela Democracia.





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